17 DE TAMUZ
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Em 17 de Tamuz costuma-se jejuar e refletir com pesar sobre os acontecimentos que marcam a história de nosso povo nesta data. O jejum é praticado do nascer do sol e vai até o pôr-do-sol.
Este é um dia de tristeza e luto para o nação judaica, um dia para reflexão introspectiva, pois nesta data as muralhas da cidade Sagrada de Ierushalayim foram rompidas e a destruição do Segundo Templo teve início. Os romanos foram os autores destes atos no ano de 70 e.c.
também nesta data, muitos séculos antes. Moshê Rabeinu quebrou as primeiras tábuas da Torah, por ver o povo adorando o Bezerro de Ouro.
Esta data dá início as três semanas de luto para o povo de Israel que vai de 17 de Tamuz até 9 de Av, que é Tsha B'Av. A tristeza e o luto se fazem pela destruição do Templo, mas também pelo início do exílio que retirou o povo judeu de suas terras espalhando-os por todo o império romano, a galut que perdura até hoje pois os judeus ainda não foram reunidos dos quatro cantos da terra.
Ben Hametsarim significa "entre os povos", e esta expressão é usada para definir este dia baseado no texto de Echá - Lamentações de Jeremias, 1,3:
"Todos seus perseguidores alcançaram-na dentro dos apertos."
Nossos sábios em Echá Rabá 1, explicam o que significa a expressão "dentro dos apertos". É uma referência aos dias de aflição ocorridos entre 17 de Tamuz e 9 de Av. O período entre estes dias é marcado por calamidades ocorridas ao longo da história. O primeiro e o segundo Templos foram destruídos neste período e por, por exemplo, e por isso este período é estabelecido como de luto pela destruição dos Santuários dado ao seu impacto determinante tanto sobre a história de Israel quanto do mundo como um todo.
Nossos sábios aconselham a que diminuamos nosso júbilo nestes dias. Não é um período para se realizar casamentos, ouvir música, dançar, fazer viagens recreativas, cortar os cabelos ou barbear-se.
Os sefaraditas porém, dizem que o corte de cabelo ainda pode ser feito até a semana em que o dia 9 de Av está inserido.
Não se recita a Bênção Shechechianu nestes dias já que se trata de uma brachá referente a jubilo. Outros costumes como não vestir roupas novas são observados para que a brachá Shechecheianu seja evitada. Porém, se uma B'rit Milah ou um pidyon haben ocorre nestes dias, a brachá deve ser recitada. Também se recita para o caso de uma fruta nova (desta época), estiver disponível e poderá não estar mais depois destas três semanas, então se diz a brachá para que se não perca a oportunidade que não retornará. Nesta caso, prefere-se guardar a fruta até o Shabat quando se costuma recitar esta brachá.
Se uma mulher grávida tiver o desejo de comer a fruta ou uma pessoa que precise comê-la por sua saúde, ambos poderão recitar a brachá durante este período.
Há o costume ainda de se ter um cuidado com condições de risco. Existe ainda em algumas comunidades o costume de se recitar o Tikun Chatsot mesmo ao meio dia.
O próximo trecho é retirado do site Chabad.
Reflexões sobre o mês de Tamuz
Há alguns fatos que ocorreram nessa data e que merecem ser citados.
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O dia 17 de Tamuz é um dia de jejum em lembrança à cinco tragédias que assolaram o povo judeu em diversas épocas de sua história.
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O primeiro desses foi o fato de Moshê ter quebrado as Tábuas da Lei. Nas preces de Selichot, rezadas nesse dia, há menção à quebra das Tábuas, sem referência ao motivo (o bezerro de ouro). Isto porque a milagrosa escrita Divina gravada nas Tábuas nunca mais foi recuperada. Foi perdida para sempre essa forte revelação Divina cujas letras estavam gravadas de fora a fora, de forma legível sob qualquer ângulo e cuja mensagem podia ser claramente transmitida, sem qualquer possibilidade de distorção.
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O número 21 (soma dos dias das Três Semanas) forma a palavra hebraica Ach, que significa apenas; 17 (de Tamuz) tem o valor numérico da palavra hebraica Tov, bem. Ambas iniciam um versículo que diz: "Ach tov Leyisrael", "Apenas o bem para Israel". Isto mostra que, de modo mais profundo, os acontecimentos desagradáveis das Três Semanas, na realidade, levarão somente a coisas boas.
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Número três, no judaísmo, representa perfeição e eternidade. E assim está escrito: "A corda tríplice não se desmanchará facilmente". De fato, esse número é recorrente: há três Patriarcas, três Festas de Peregrinação, a Lei Escrita é composta de três partes (Torá, Neviim e Ketuvim), entregue no terceiro mês após a saída do Egito, ao povo judeu formado por três grupos (Cohen, Levi e Yisrael) etc.
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Se o número três é tão significativo, por que então tantas tragédias recaíram sobre o povo judeu durante as Três Semanas? A resposta é que todo esse sofrimento são etapas que levam à Era Messiânica. Isto é aludido ao fato de os dois jejuns, 17 de Tamuz e 9 de Av, sempre coincidirem com o mesmo dia da semana do Sêder de Pêssach, quando comemoramos a saída do Egito e nossa libertação.
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